SÃO CARLOS (SP), 05/08/2010 – Três das estrelas da seleção italiana não vieram para o Brasil disputar a primeira rodada do Grand Prix feminino de vôlei, que começa nesta SEXTA-FEIRA (06.08), em São Carlos (SP). A central Gioli, a líbero Cardullo e a levantadora Lo Bianco são os desfalques da Azzurra. Na estreia, a Itália terá pela frente o Japão, a partir das 13h, no ginásio Milton Olaio Filho. Antes, às 9h20, Brasil e China Taipei duelam na abertura da competição.
Apesar de buscar o inédito título do Grand Prix - a melhor colocação foi o vice-campeonato em 2004 e 2005 –, a Itália utilizará a competição como preparação para o Campeonato Mundial, entre os dias 29 de outubro e 14 de novembro, no Japão.
“Utilizaremos o Grand Prix como forma de preparação para o Mundial. Teremos um primeiro fim de semana bem disputado. Brasil e Japão serão fortes adversários. Estamos sem três das nossas titulares, mas elas retornarão já na segunda semana”, conta Massimo Barbolini, treinador italiano.
Para o técnico italiano, a ausência das mais experientes será um teste para as atletas mais jovens da equipe. “Esta será uma oportunidade importante para algumas jovens jogadoras. Elas poderão mostrar que não são mais somente promessas. No último ano, treinamos com um segundo time por muito tempo. Neste Grand Prix, teremos a chance de mostrar que isso deu certo. Existe uma expectativa enorme em cima dessa equipe. Esperamos não decepcionar”, avaliou Barbolini.
Sobre o adversário da estreia, Barbolini não espera um jogo fácil. “O Japão é uma equipe que sempre nos dá trabalho. É um time com uma forma de jogar diferente. As japonesas defendem muito bem e erram pouco”, avaliou o treinador.
No fim do mês de julho, Itália e Japão estiveram frente a frente na decisão do Torneio de Piemonte. Melhor para as asiáticas que derrotaram as italianas por 3 sets a 0.
Para Massimo, jogar contra a equipe comandada por José Roberto Guimarães no Brasil é um grande aprendizado. “É um prazer poder enfrentar o Brasil aqui em São Carlos. Sempre que enfrentamos as brasileiras aprendemos algo novo e melhoramos o nosso nível de jogo”, disse o treinador.
A Itália já disputou 121 jogos na história do Grand Prix, venceu 62 deles e foi derrotada em outros 59. Um aproveitamento de 51,24%.
Do lado do Japão, o foco também está no Campeonato Mundial, que será realizado em terras japonesas. “Queremos utilizar este Grand Prix para dar experiência para nosso time chegar bem no Mundial, que jogaremos em casa. Nosso objetivo no Grand Prix é chegar à fase final. Assim, teremos mais jogos de alto nível técnico para testar as nossas atletas”, destacou Masayoshi Manabe, treinador do Japão, que está no comando da equipe desde o ano passado.
Para a primeira etapa do Grand Prix, Manabe aponta Itália e Brasil como favoritos. “São times superiores à nossa equipe. O Brasil é o primeiro colocado do ranking mundial. Há muito tempo, estamos tentando superá-los e não conseguimos. Já a Itália venceu a Copa dos Campeões no ano passado e foi a única equipe que superou o Brasil. É um time muito forte também. Contra essas equipes teremos que jogar muito bem na defesa, porque, no ataque, elas têm mais habilidade e força”, avaliou o técnico japonês.
Sobre a China Taipei, assim como os treinadores do Brasil e da Itália, fiz conhecer pouco o adversário. “Não tenho muitas informações. Como é o nosso terceiro jogo, vamos observar a partida da China Taipei contra Brasil e Itália para montarmos nossa estratégia”, completou Masayoshi Manabe.
O Japão, junto com a China, é a equipe que disputou todas as edições do Grand Prix. No entanto, as japonesas nunca conquistaram o título da competição. A melhor colocação foi o quarto lugar nas edições de 1994 e 1997.
Quinto colocado no ranking mundial, o Japão já disputou 184 partidas na história da competição. São 60 vitórias e 124 derrotas (32,61% de eficiência).
Fonte: Confederação Brasileira de Voleibol