Foto: FIVB/Divulgação
Com muito sangue frio, a Seleção Brasileira deu uma verdadeira lição de vôlei em uma final de Mundial para conquistar o tricampeonato consecutivo da competição. No duelo contra os cubanos valeu a experiência sobre os nervosos caribenhos. Mesmo com grande parte da torcida no Ginásio Palalottomatica, em Roma, contra a equipe de Bernardinho, o time fechou a partida em fáceis 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/14 e 25/22.
Com atuações impecáveis de Dante e Leandro Vissotto, que já tinha sido decisivo contra a Itália na semifinal, o time brasileiro jogou como se estivesse brincando. Dúvida durante o dia, o levantador Bruninho mostrou que não sentiu tanto as dores no tornozelo e também teve um desempenho destacado em quadra.
Com o terceiro título consecutivo, a Seleção iguala justamente a marca da anfitriã Itália, que na década de 90 conseguiu o mesmo feito vencendo a competição em 1990, 1994 e 1998. O vencedor técnico Bernardinho consegue ainda uma honra nunca antes alcançada por outro treinador, se tornando o primeiro tricampeão mundial seguido do vôlei.
A vitória sobre os cubanos coroa ainda a renovação no time brasileiro, que aconteceu depois da prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Com dois títulos da Liga e agora o título mundial, nomes como Leandro Vissotto, Bruninho e Lucão vão aumentando sua lista de títulos na Seleção.
O jogo
Antes do primeiro ponto, já ficou claro que a torcida seria a favor de Cuba. No primeiro saque da partida feito por Murilo, o público italiano despejou vaias em cima do brasileiro. Depois de um começo parelho, a Seleção começou a abrir vantagem no saque de Leandro Vissotto.
Com três pancadas seguidas, ele desmontou a recepção cubana e a equipe verde e amarela abriu 6 a 2 no marcador. Em um desempenho excelente de Dante, que fez um ace quando foi para o saque, a Seleção chegou à primeira parada técnica vencendo por 8 a 3.
Os cubanos seguiam com problemas de recepção, principalmente quando o saque ia para as mãos de Leon. Jogando de forma paciente, a Seleção ia virando bem as bolas, principalmente nos ataques de Leandro Vissotto. Foi com um ataque do oposto que o time de Bernardinho chegou ao segundo tempo técnico com tranquilos 16 a 10.
Com Leal e Leon, os cubanos foram aos poucos crescendo em quadra e trazendo um pouco de perigo aos brasileiros. Quando a diferença diminuiu para três pontos (20 a 17), o técnico Bernardinho parou o jogo para frear o ímpeto adversário. Não deu muito resultado. Em um saque de Hernandez, a diferença diminuiu para dois pontos.
O Brasil precisou recuperar o foco para fechar a parcial. Bernardinho fez a tradicional inversão entre opostos e levantadores. Foi exatamente em uma cortada do reserva Théo, que a Seleção conseguiu sair na frente da partida com 25 a 22 no marcador.
Com erros bobos de ataque dos cubanos, o Brasil começou o segundo set de forma avassaladora no saque de Murilo. Quando os caribenhos foram marcar o primeiro ponto, o placar já marcava 4 a 0. O bloqueio da Seleção funcionou bem e na primeira parada técnica, o placar marcava 8 a 3 para o time de Bernardinho.
O técnico cubano Orlando Blackwood tentou mudar um pouco a tática e sacou o levantador titular Hierrezuelo para a entrada do reserva Diaz. A substituição surtiu efeito no começo, mas a equipe verde e amarela logo retomou sua larga vantagem a frente do marcador e abriu 11 a 6, obrigando o treinador caribenho a pedir um tempo.
Com Bruninho mostrando que não estava sentindo a contusão, a Seleção ia deslanchando cada vez mais. A feição de cada um dos cubanos era de quem estva sentindo a pressão de disputar sua primeira final de Mundial. O abatimento foi tomando conta de peças importantes como Leon e Simon e o Brasil fechou a segunda parcial em fáceis 25 a 14.
O terceiro set começou mais disputado. Com a Seleção um pouco mais relaxada, os cubanos conseguiram igualar o jogo até pouco depois da parada técnica. Foi aí que apareceu de novo o desempenho excelente de Vissotto e Dante para manter o Brasil aceso.
No segundo tempo técnico, a equipe já deslanchava no placar com 16 a 11 a favor. A boa vantagem permitiu à Seleção jogar com mais calma, explorando o bloqueio adversário. Os cubanos, porém, reduziram a vantagem, e Bernardinho interrompeu a partida. Por fim, o bloqueio brasileiro voltou a funcionar, e o título veio com um 25/22 em ponto de Vissotto.
Fonte: www.terra.com.br