Foto: Mowa Press/Divulgação
Renato Pazikas
Ronaldinho e Messi. O duelo entre os camisas 10 de Brasil e Argentina era o mais esperado no clássico desta quarta-feira no Khalifa Stadium, em Doha, no Catar. E os craques, e grandes amigos fora das quatro linhas do gramado, corresponderam às expectativas, chamando a responsabilidade e armando as principais jogadas de ataque de cada time.
Fã incondicional de Ronaldinho, considerando o brasileiro um "irmão mais velho", Messi brilhou ainda mais. Mostrou ser decisivo não só no Barcelona como também na seleção, calando os críticos que sempre questionaram o seu desempenho com a camisa azul e branca. O melhor jogador do mundo resolveu o jogo com um belo gol aos 46min do segundo tempo: 1 a 0 Argentina.
Messi acabou ainda com um velho tabu: o de nunca vencer o Brasil em partidas entre as seleções principais. Nos quatro jogos anteriores, foram três empates e uma derrota. O jogador venceu uma única vez, na Olimpíada de Pequim, por 3 a 0 na semifinal, mas as equipes olímpicas estavam em campo.
Contra Ronaldinho, Messi levou a melhor em um duelo de estilos diferentes. Aos 23 anos, o atacante está no auge da forma. É mais rápido, explosivo. Corre o campo todo, tabela, e leva perigo em quase todas as finalizações e tabelas.
Ronaldinho, aos 30 anos, joga mais cadenciado. Se movimenta menos, mas o suficiente para deixar os companheiros na cara do gol. O jogador do Milan voltou à Seleção após 19 meses, mas parece não ter ficado um único jogo fora.
Levou perigo nas bolas paradas, e quase foi premiado com um belo gol de letra, que o atento goleiro Romero evitou. Saiu aos 27min do segundo tempo aplaudido pelo estádio, e recebeu um abraço do técnico Mano Menezes, certamente esperando uma nova convocação.
O jogo desta quarta-feira foi o segundo encontro entre os dois com as camisas de Brasil e Argentina. E o segundo revés de Ronaldinho. No Barcelona, ele e Messi viraram amigos. Juntos, conquistaram a Copa dos Campeões da Europa na temporada 2005/2006.
Fonte: www.terra.com.br